Conteúdo Exclusivo – Por Ellen Costa
O dinamismo do mercado logístico nacional foi destaque na 16ª Buildings Exclusive, evento do setor realizado em São Paulo.
São Paulo, 24 de fevereiro de 2025 – Não apenas a cidade de São Paulo foi destaque na 16ª edição do Buildings Exclusive, ao evidenciar um panorama de crescimento nos últimos trimestres. O setor apresentou uma absorção líquida positiva de 116 mil m² no quarto trimestre de 2024 (imóveis de perfil Classe A). Leia mais aqui: 16ª edição do Buildings Exclusive: explosão do setor imobiliário corporativo
Em um cenário macro, o mercado logístico nacional tem sido a bola da vez. E promete avançar ainda mais. Para se ter ideia, o setor de condomínios soma 39,3 milhões de m² prontos em todo o Brasil, refletindo um crescimento robusto e projeções animadoras.
Nos próximos meses e anos, o aquecimento do mercado promete entregar 4,7 milhões de m² atualmente em construção.
Deste montante em construção, segundo dados da plataforma CRE Tool, 2,6 milhões de m² estão na região Sudeste. Com quase 2 milhões apenas em São Paulo, o maior polo logístico brasileiro.
Além disso, com uma absorção líquida significativa de 682.661 m² no último trimestre, num contexto em que a taxa de vacância se manteve na mínima histórica de 8,2%, os dados não poderiam ser melhores.
Já em relação à evolução do estoque total de condomínios logísticos no Brasil, vale destacar que no final de 2013, o Brasil possuía 20 milhões de m² de estoque logístico. De lá para cá já são quase 40 milhões de m². Ou seja, o mercado dobrou de tamanho.
Estes números abriram portas para discussões sobre o potencial do Brasil de alcançar a média per capita dos Estados Unidos, de 5 m² por pessoa.
Mercado logístico nacional: confira indicadores de São Paulo
Durante o evento, Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, apresentou um comparativo entre o quarto trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, revelando nuances importantes sobre o mercado imobiliário da Grande São Paulo, de acordo com dados recentes compilados pela Buildings.
Os imóveis localizados até 15 km do centro da capital paulista, especialmente visados por empresas de comércio eletrônico, experimentaram aquecimento.
Em 2023, o preço médio pedido para locação era de R$ 38,41, subindo para R$ 39,31 em 2024. Este crescimento é acompanhado de uma reversão no quadro de absorção líquida, que saiu de um déficit de 3,2 mil m² para um aumento expressivo de 14.145 m².
Além disso, a taxa de vacância caiu de forma expressiva, saindo de 14,37% para 9,85%, refletindo a alta demanda.
Já para os empreendimentos logísticos localizados entre o raio de 15 e 30 km de São Paulo, há um misto de movimentos.
Conforme quadro abaixo, apesar de se observar uma queda acentuada na absorção líquida, agora registrando somente metade do período anterior, o preço médio pedido de locação subiu, indicando uma confiança renovada no mercado e a atratividade crescente destas áreas em expansão.
Da mesma forma, houve queda na taxa de vacância e aumento do estoque total.
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Raio acima de 30 km e até 60 km
No caso de locais a 30 km de distância do centro da capital paulista, um aumento no preço médio pedido de locação foi registrado. Do mesmo modo, uma saudável redução de 2,85 pontos percentuais na taxa de vacância.
Além disso, no raio 30 km, a taxa de vacância caiu de 11,53% (4T de 2023) para 8,68% agora.
Já os dados referentes aos locais até 60 km apontam para um crescimento notável, em que o estoque subiu para 6,5 milhões de m².
Este raio, o mais distante analisado na pesquisa da Buildings, registrou uma triplicação na absorção líquida em relação ao quarto trimestre de 2023. Isso ocorreu em paralelo a uma redução da taxa de vacância.
Nesse sentido, esses números ilustram a capacidade do mercado de se expandir e adaptar, mesmo em um cenário de grande dinamismo e competição.
Essas análises reforçam as mudanças dinâmicas do mercado imobiliário na região paulista, servindo como bússola para investidores e players de mercado que buscam oportunidades em locações comerciais prósperas.
Por fim, a projeção mais acertada para o setor logístico brasileiro é que ele apresenta condições de duplicar novamente de tamanho nos próximos 10 anos. Saiba mais sobre o mercado logístico aqui.
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