Minas Gerais: estoque de galpões logísticos praticamente esgota no 2º trimestre de 2022

Taxa de vacância registra apenas 1%; além disso, atividade construtiva, ocupação e preço pedido batem recorde no 2T/2022; confira resultados do 2º trimestre de 2022 em Minas Gerais.

Quando a pandemia chegou em março de 2020, tudo pareceu incerto. O confinamento social, em razão do fechamento de escolas, escritórios, lojas e shoppings, tornou-se um incômodo necessário naquele momento. 

Como resultado disso as pessoas migraram suas compras para o digital. De lá para cá, o e-commerce deu um boom e o mercado logístico cresceu a os largos. Prova disso são os novos recordes alcançados pelo setor – que segue aquecido como nunca.

O estado mineiro, que aparece em terceira colocação no mercado logístico brasileiro, se destacou com números recordes de atividade construtiva, ocupação e preço pedido por locação no 2º trimestre de 2022.

Esses resultados do mercado logístico foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Conheça a plataforma CRE Tool aqui.

O e-commerce não para

O setor brasileiro de e-commerce apresentou um crescimento de 4,3% no número de pedidos no 2º trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, com um total de 89,6 milhões de vendas on-line.

Esse resultado é de uma pesquisa publicada recentemente (16/07/2022) pela Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro.

Segundo pesquisa, entre os meses de abril e junho, o comércio eletrônico teve faturamento de R$ 38,4 bilhões. Outra notícia do portal E-commerce Brasil (07/06/2022) aponta que o setor de compras on-line deve crescer 42% no Brasil até 2025.

O que esses dados mostram é o que se observa  desde o início da pandemia: o setor logístico brasileiro soube aproveitar as oportunidades inerentes à crise sanitária.

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Mercado logístico em Minas Gerais acumula recordes no 2 trimestre de 2022

Minas Gerais possui hoje 2,2  milhões de m² locáveis de galpões em condomínios logísticos, distribuídos em 57 empreendimentos.

O estoque de galpões logísticos no estado mineiro praticamente esgotou no primeiro semestre de 2022: no 1T/2022 havia apenas 15 mil m² disponíveis para locação. No 2T/2022 o número foi de 23 mil m².

Do 1T/2022 para o 2T/2022 o estado teve um acréscimo superior a 54 mil m² de novo estoque. No 1T era 18 mil m²; no 2T fechou em 72 mil m².

E o mercado registrou marcas históricas.

A atividade construtiva demonstra  aquecimento relevante: no 1T/2022 foi de 744 mil m²; no 2T/2022 foi de 956 mil m², um aumento de 212 mil m².

A ocupação é outro destaque: saiu de 2,18 milhões de m² no 1T/2022 e foi para 2,24 milhões de m² no 2T/2022.

A consequência de todo esse aquecimento do setor e estoque praticamente zerado é que houve aumento na média de preço pedido por m² de locação. No 1T/2022 era R$ 20,93; no 2T/2022 subiu para R$ 23,18, um aumento de 10,8%.

Quando olhamos para a absorção líquida (indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada trimestre a trimestre), o saldo segue positivo. Alcançou o resultado de 64 mil m² no 2T/2022, número superior em 17 mil m² em relação ao 1T/2022, que fechou em 47 mil m².

A taxa de vacância ficou em apenas 1% no 2T/2022, embora um pouco maior que o 1T/2022, continua muito baixa.

Esses resultados foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Conheça a plataforma CRE Tool aqui.

Destaque para a região de Extrema: taxa de vacância zerada e novas entregas absorvidas

Localizada a cerca de 100 km da capital paulista, a cidade de Extrema possui 677 mil m² locáveis de galpões logísticos, distribuídos em 10 condomínios.

Do 1T/2022 para o 2T/2022 a cidade teve um acréscimo de 56 mil m² de novo estoque. O estoque total no 1T era 621 mil m²; no 2T fechou em 677 mil m².

Foto: ExtremaTur

Quando consideramos a absorção líquida no 2T/2022, ela foi positiva em 56 mil m²; no 1T/2021 não houve entrega de novos empreendimentos. Nos últimos 5 trimestres todas as entregas de galpões logísticos foram absorvidas dentro do próprio trimestre. Em razão disso, a taxa de vacância segue zerada desde o 2T/2021.

A ocupação também deu um salto nos últimos 5 trimestres: era 488 mil m² no 2T/2021 e chegou a 677 mil m² no 2T/2022.

Atividade construtiva e crescimento do estoque

A atividade construtiva aumentou em 121 mil m²: no 1T era 427 mil m²; no 2T fechou em 548 mil m². Apesar do setor estar construindo, a taxa de vacância permanece zerada porque as entregas  estão ocorrendo em paralelo; o mercado está absorvendo.

Os números do crescimento do estoque durante a pandemia são tão  importantes: no 2T/2020 era de 323 mil m²; no 2T/2021 subiu para 488 mil m²; no 2T/2022 chegou a 677 mil m². Ou seja, o estoque mais que dobrou neste período.

“Com os dados do 2T/2022 fica ainda mais evidente esse bom momento que o mercado imobiliário de galpões logístico está ando. Além do e-commerce, grande responsável por parte deste crescimento, as demais empresas aproveitam do momento e expandem suas operações. Isso tem sido uma ótima notícia para os incorporadores que não param de entregar novos projetos, muitas vezes já pré-locados. Cerca de 80% dos galpões já foram entregues no 2º trimestre, ocupados por empresas do segmento de e-commerce, logístico e indústria”, destaca Jonas Libardi, Gerente de Pesquisa da Buildings.

O BigData do Mercado de Real Estate

Os dados apresentados do mercado logístico foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional.

Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:

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