Confira as últimas notícias do mercado imobiliário corporativo de São Paulo e outras regiões, abrangendo o período de 03 de janeiro a 09 de janeiro de 2025. Além disso, explore artigos e conteúdos relacionados que trazem insights valiosos sobre o setor. Para não perder nenhuma novidade, inscreva-se no canal da Buildings no YouTube clicando aqui.
Os sinais de recuperação do mercado de escritórios no Rio de Janeiro
O mercado de escritórios de alto padrão no Rio de Janeiro está mostrando sinais de recuperação em 2025, após anos de desempenho fraco. A cidade fechou o ano com indicadores positivos, especialmente no que diz respeito à demanda. A absorção bruta e líquida superaram os números de 2023, e, no acumulado, foi o melhor ano desde 2019, com destaque para o setor governamental, que foi responsável por 43% da absorção líquida.

O volume de oferta ainda é alto, o que influencia os preços de locação, que têm mostrado uma tendência de queda desde 2012. Contudo, há indicativos de estabilização nas cifras. No último trimestre, o preço médio pedido foi de R$ 74,04 por metro quadrado ao mês, sem grandes variações em relação aos períodos anteriores. As áreas mais valorizadas para locação estão na Zona Sul, Botafogo e Porto Maravilha.
De acordo com dados do CRE Tool da Buildings, o Rio de Janeiro possui atualmente 130 edifícios de classe A e A+ prontos para ocupação, classificados como de alto padrão. Estes edifícios corporativos trouxeram a taxa de vacância da cidade para cerca de 30%. Embora ainda elevada, essa taxa não era registrada desde 2015, indicando um movimento significativo no mercado imobiliário da cidade.
Fundos imobiliários de logística: o que esperar desse mercado em 2025?
O mercado de fundos imobiliários de logística promete ser promissor em 2025, mesmo diante das incertezas do cenário macroeconômico, como a expectativa de uma Selic elevada e inflação pressionada. Este segmento continua resiliente entre os fundos imobiliários de tijolo, com gestores e especialistas apontando tendências para o ano. Os FIIs de logística iniciaram o ano com um P/VP médio de 0,75x, conforme dados da Economatica, e um dividend yield médio anualizado de 11,8%, segundo o BTG Pactual, valores um pouco abaixo das médias do IFIX.

Este cenário indica um potencial de distribuição de dividendos próximo da média do setor e uma oportunidade de ganho de capital, já que os preços de negociação na B3 estão bem abaixo do valor patrimonial. Além disso, a economia ainda aquecida, com PIB elevado e desemprego em baixa, favorece o setor, especialmente o e-commerce, principal locatário de galpões logísticos.
Bruno Ackermann, da Cy Capital, destaca que o segmento logístico apresenta bons fundamentos em termos de oferta e demanda, com baixa vacância, estoque futuro controlado e alta demanda impulsionando os preços acima da inflação. O BTG Pactual, em sua Carteira Recomendada de FIIs para janeiro, também vê o setor como protagonista de uma tendência positiva, destacando a absorção dos novos lançamentos sem impactar a dinâmica comercial.
A preferência é por fundos com maior exposição ao estado de São Paulo, especialmente próximos à capital, onde o “last mile” tem se destacado. Estes galpões, usados como último entreposto antes da entrega ao cliente, são considerados valiosos, especialmente num raio de 30 quilômetros de São Paulo.
Maria Fernanda Violatti, analista CNPI, aponta os contratos atípicos como uma característica importante do segmento. Estes contratos, de longa duração e com multas pesadas para rescisão antecipada, trazem resiliência e previsibilidade de receita, ampliando a percepção positiva do mercado.
Fundo de tijolo fecha novo contrato de locação com objetivo de zerar vacância em ativo; Ifix acumula perda de 1,54%
O fundo imobiliário Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) assinou um novo contrato de locação para o edifício Rochaverá Torre D, que ocupará 11,2 mil metros quadrados, visando zerar a vacância do imóvel após o término do contrato com a DOW Química em janeiro de 2025. Com essa medida, o edifício alcançará sua capacidade total, reforçando a receita do fundo a longo prazo.

No contexto do mercado, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) registrou uma queda de 0,94%, acumulando uma perda de 1,54% em janeiro, após uma desvalorização de 5,89% em 2024. Apesar disso, alguns fundos se destacaram positivamente, como o Gazit Malls FI Imobiliário, que teve um aumento de 2,47%.
Em contrapartida, o BB Malls FII apresentou a maior desvalorização do dia, caindo 4,38%. A do novo contrato pelo AIEC11 é vista como uma estratégia proativa para enfrentar os desafios do mercado imobiliário e garantir ocupação completa, servindo de exemplo para outros gestores de fundos.
A movimentação dos fundos imobiliários é monitorada de perto pelos investidores, ajustando carteiras conforme as condições econômicas. A gestão eficaz de locações, como demonstrado pelo AIEC11, é crucial para a saúde financeira dos fundos e a confiança dos investidores.
BTG Pactual compra operação brasileira da Julius Baer por R$ 615 milhões
O BTG Pactual anunciou a aquisição da operação brasileira do banco suíço Julius Baer por R$ 615 milhões, com o objetivo de expandir sua atuação no segmento de gestão de fortunas. A compra envolve 100% do capital social da Julius Baer no Brasil, que gerenciava R$ 61 bilhões em ativos até novembro de 2024. A expectativa é de que o negócio seja concluído no primeiro trimestre de 2025, após aprovação do Banco Central e de outras entidades reguladoras.

Com essa transação, o BTG Pactual visa aumentar seus ativos sob gestão para mais de R$ 100 bilhões. A Julius Baer continuará atendendo clientes brasileiros por meio de suas operações em outros países. A aquisição fortalece a posição do BTG no segmento de clientes de alto patrimônio líquido e reflete uma tendência de fusões e aquisições no setor financeiro, à medida que as instituições buscam consolidar suas ofertas de serviços.
A operação também alinha-se com as metas do BTG de se tornar uma referência global em Family Office, prometendo benefícios significativos para os clientes de ambas as instituições. A conclusão do negócio ainda depende de condições regulatórias, mas o BTG espera integrar a operação da Julius Baer sem grandes obstáculos, dado o alinhamento estratégico entre as duas empresas.
JHSF vende participação no Shopping Ponta Negra
A JHSF Participações anunciou a venda de sua participação de 18% no Shopping Ponta Negra, em Manaus, por R$ 82 milhões, para um grupo de coproprietários. Este movimento faz parte de sua estratégia de desinvestir em ativos que não se alinham ao foco no segmento de luxo. A JHSF Capital, subsidiária da empresa, assessorou a transação.

No terceiro trimestre de 2023, a JHSF reportou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, um aumento de 124% em comparação ao ano anterior, com uma receita líquida de R$ 110,5 bilhões. Seu EBITDA Ajustado cresceu 20,8%, evidenciando a eficiência operacional da empresa. Fundada em 1972, a JHSF é pioneira no setor de alta renda no Brasil, com empreendimentos de luxo, incluindo shopping centers e hotéis.
A venda da participação no Shopping Ponta Negra reflete a estratégia da JHSF de focar em ativos de maior valor agregado e reforça seu compromisso com o crescimento sustentável e a inovação. A empresa mantém-se como referência no mercado de luxo, buscando expandir sua atuação global e consolidar sua liderança no setor.
Com a venda de ativos não estratégicos, a JHSF fortalece suas operações principais, garantindo um portfólio alinhado às demandas do mercado de luxo. A companhia continua a investir em projetos sustentáveis, reafirmando seu papel como líder no mercado de alta renda, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Para saber mais e obter dados detalhados sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça ou e o CRE Tool.
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