Apresentamos abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo nesta segunda semana de janeiro, além de artigos com temas relacionados.
Vacância de escritório de alto padrão fecha ano em 36% no Rio de Janeiro
Depois de três trimestres consecutivos de queda, o percentual de escritórios corporativos de alto padrão vazios no Rio de Janeiro voltou a subir nos últimos três meses de 2020.

Contemporary Room Workplace Office Supplies Concept
A taxa de vacância na cidade terminou o ano em 36,2%, de acordo com a consultoria imobiliária Newmark.
Na comparação anual, o indicador avançou apenas 0,1 ponto percentual – a vacância estava em 36,1% no último trimestre de 2019.
Mesmo com a desaceleração econômica provocada pela pandemia, a vacância caiu entre janeiro e setembro.
Mariana Hanania, diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, explica que:
“Já havia previsão de devoluções de escritórios nos meses anteriores que se concretizaram no quarto trimestre. Empresas que devolveram espaços continuam nos prédios em que estavam”.
Ao fim do terceiro trimestre, a taxa de vacância estava no patamar de 35,3%. Houve, portanto, aumento de 0,9 ponto percentual na comparação com o terceiro e o quarto trimestres.
Apesar da piora, o percentual de escritórios vazios disponíveis para aluguel ainda está longe do patamar de 42% atingido em 2018, de acordo com informação da Newmark.
Em São Paulo, os efeitos da pandemia foram sentidos de forma mais imediata no mercado de escritórios.
Na capital paulista, a taxa de vacância ou de 16,1%, no quarto trimestre de 2019, para 20%, no mesmo período do ano ado.
A vacância foi inflada, em parte, pela entrada no mercado de novos imóveis corporativos.
No Rio, o aumento da vacância é contido, em parte, pelo fato de grandes empresas na capital fluminense já trabalharem com uma estrutura enxuta, o que dificulta a devolução de espaços. As obras de novos edifícios corporativos estão estacionadas desde o fim de 2018.
Vale a pena investir em fundos imobiliários de logística depois do destaque em 2020?
Segmento de destaque entre os fundos imobiliários em 2020, os galpões logísticos têm garantido lugar nas preferências de gestores e analistas, impulsionados principalmente por conta da demanda oriunda do e-commerce, tão acentuada na crise.

(metamorworks/Getty Images)
Devido ao momento favorável, esse nicho do mercado anda bastante movimentado com a entrada de mais players, impondo, portanto, maior concorrência por ativos e regiões, em especial no eixo Rio-São Paulo.
Essa competitividade tem dificultado a alocação de fundos e levado investidores a se questionarem se ainda há boas oportunidades a serem exploradas no setor.
Se o investidor fosse julgar por uma das métricas mais conhecidas do mercado de FIIs, ele teria a impressão de que os fundos de logística estão caros.
Quase 70% dos 16 ativos dessa classe que fazem parte do Ifix, o índice de referência do segmento na B3, negociavam acima do valor patrimonial em janeiro, de acordo com levantamento feito pela Quantum Finance.
O múltiplo P/VPA (preço em relação ao valor patrimonial por cota) é uma das métricas de avaliação para saber se um fundo está caro (quando o resultado fica acima de 1) ou barato (abaixo de 1).
Entre os destaques da categoria na Bolsa, o CSHG Logística, o HGLG11, mostra uma relação entre preço e valor patrimonial (P/VPA) de 1,22 vez. O fundo Industrial do Brasil, o FIIB11, por sua vez, tem P/VPA de 1,21 vez.
Esses resultados mais elevados, contudo, têm sido registrados pelos fundos de galpões desde 2017.
Via Varejo: lucro de R$ 1 bi em 2020 e plano de ser maior market-place do Brasil
A Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, teve lucro líquido contábil de R$ 1 bilhão de reais no ano ado, ante perda de R$ 1,4 bilhão de reais no ano anterior.

Roberto Fulcherberguer: “acabou meu turnaround. Daqui para frente, eu só estou concentrado em evolução e crescimento” (Leandro Fonseca/Exame)
O desempenho quase zerou a fatura dos problemas encontrados no balanço de 2019, que levaram ao ajuste bilionário no balanço do quarto trimestre daquele ano, herança da gestão anterior.
Mesmo com a pandemia, que deixou 80% das lojas fechadas durante pelo menos um trimestre inteiro, a empresa teve receita líquida de R$ 28,9 bilhões de reais em 2020, crescimento de 12,7% na comparação com o ano anterior.
O Ebitda contábil ajustado ficou em R$ 2,9 bilhões de reais, ante R$ 1 bilhão de reais em 2019.
No quarto trimestre, descontados todos os efeitos de impostos do balanço, a receita líquida subiu 24,5%, ante os três últimos meses de 2019, para R$ 9,5 bilhões.
O GMV dos três últimos meses do ano foi puxado pelas vendas online, que tiveram alta de 110,5%, para R$ 5,66 bilhões.
Vale destacar que a Via Varejo entregou há duas semanas um de suas maiores promessas: uma nova plataforma tecnológica para os ‘sellers’, ou seja, para o varejo que quer vender no canal digital do grupo, o chamado market-place ou 3P.
“Eu quero ser o maior market-place do Brasil. Não importa se vou precisa de 80 mil ou 90 mil sellers”, destaca o presidente da empresa, Roberto Fulcherberguer.
Em 2020, o GMV do market-place totalizou R$ 3,2 bilhões, com um aumento de praticamente 90%.
Modelo híbrido é a tendência para o escritório pós-covid
O ritmo lento de vacinação da população brasileira prolongou dúvidas sobre o futuro dos espaços para escritórios comerciais e a vida nas grandes cidades.
Winandy, do Bmg: “Não queremos que voltar ao trabalho presencial seja um castigo. Temos de criar um ‘uau’ no ambiente” — Foto: Silvia Zamboni/Valor
Mas, a opinião de especialistas o modelo híbrido, de trabalho no escritório e em casa, em sistema de revezamento, é uma tendência que ganha cada vez mais força.
Para urbanistas, porém, embora obscuro, o momento oferece aos governantes municipais a chance de revisar planos diretores e outros mecanismos capazes de reorientar a ocupação dos locais de trabalho e moradia.
O mercado imobiliário comercial está difuso em São Paulo, maior centro econômico do país. Em muitos escritórios, mesas e cadeiras vazias testemunham uma história interrompida, mas que pode ser retomada a qualquer momento.
Ainda que em escala bem menor, há também empresas com trabalho presencial, ao menos em algumas áreas.
Desde o ano ado, inquilinos com menos fôlego ou que mantêm atividades fortemente atingidas pelos efeitos da pandemia, como o turismo e profissionais liberais, devolveram espaços conforme perceberam que a situação difícil não cedia. Na região da avenida Paulista e o Centro, edifícios inteiros estão desocupados.
No caso das empresas que ocupam escritórios de alto padrão, a maioria está em como de espera, na expectativa de que a vacinação avance. Nas multinacionais, orientações mais rígidas das matrizes recomendam cautela e trabalho em casa, por enquanto.
Previ, Petros, Funcef e Vivest: como os quatro maiores fundos de pensão do país planejam seus investimentos em 2021
Com quase R$ 1 trilhão em ativos sob gestão, sendo a maior parcela ainda na renda fixa, e com uma taxa básica de juros bem abaixo do padrão histórico, boa parte dos fundos de pensão não conseguiu superar as metas de retorno estabelecidas em 2020.
Segundo dados consolidados pela consultoria Aditus, que consideram a base de clientes de 119 fundos de pensão com R$ 250 bilhões de reais em investimentos no mercado, a rentabilidade média das carteiras ficou positiva em 7% em 2020.
Esse resultado é bem acima da variação de 2,7% do CDI e da alta de 2,9% do Ibovespa. Longe, porém, do necessário para cumprir com a meta atuarial média (taxa de retorno anual que a fundação precisa bater todo ano para manter sua solvência), próxima de 10%.
Nesse grupo, a alocação em renda fixa ainda é de aproximadamente 80% dos portfólios, com apenas 10% em renda variável e cerca de 2%, em ativos no exterior.
Segundo prevê Guilherme Benites, sócio da Aditus.
“Se em 2020 bater a meta atuarial foi difícil, para 2021, com uma inflação que não dá sinal de trégua, a vida promete não ser muito mais fácil”.
Juntas, as três maiores fundações do país – Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa) – representam quase 40% de todo o sistema, com aproximadamente R$ 400 bilhões de reais em investimentos.
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Nesta semana, publicamos um novo vídeo sobre o fundo imobiliário de tijolo XPPR11 da XP Properties Se interessa pelo assunto? Então confere lá!
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