Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #136

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 14/06 a 20/07, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Fundos imobiliários anunciam novas emissões com a retomada dos shoppings

18/07 – Pipeline

Desde o início do ano temos acompanhado um novo momento – bem mais positivo e promissor – para os FIIs e setor de shoppings. Prova disso é que os gestores de fundos imobiliários que investem em shoppings centers têm aproveitado um ambiente mais do que favorável no mercado. Com isso, eles têm colocado novas emissões na rua a fim de acelerar a captação de recursos.

Além disso, o consumo nas lojas retomou no patamar pré-pandemia, e a taxa básica de juros está perto de voltar a cair. Com isso, as cotas têm experimentado uma valorização na bolsa. E tudo isso contribui para atrair a atenção de potenciais investidores.

Só neste ano, players como a XP e Hedge Investments estão se movimentando. Elas decidiram fazer novas captações para fundos que já estão no mercado. E Capitânia e JHSF Capital resolveram lançar seus primeiros fundos nesse segmento.

Do mesmo modo, a XP Asset também aproveitou o movimento recente. A gestora anunciou a sua 9ª emissão de cotas do FII XP Malls (XPML11). Trata-se da segunda neste ano.

Setor de Shoppings segue aquecido.

O valor apontado foi de R$ 450 milhões, para expansão de ativos imobiliários em carteira e aquisição de novos imóveis. Além disso, também estão de olho na otimização da estrutura de capital do fundo.

A emissão anterior, do mês ado, captou R$ 375 milhões. E mais: superou a expectativa inicial, que era de R$ 300 milhões.

Do total levantado, cerca de R$ 90 milhões foram usados para amortização de dívida. O restante será investido na aquisição de 6% de participação no Shopping da Bahia, em Salvador (BA).

Além disso, também servirá para aumentar a fatia em empreendimentos em São Paulo que já fazem parte do portfólio.

Quer saber mais? e a Revista Buildings.

DHL investe € 500 milhões em logística na América Latina

13/07 – Mercado e Consumo

A DHL Supply Chain, unidade responsável por contratos logísticos do Grupo DHL, anunciou forte investimento no mercado latino-americano. Trata-se de uma ação estrategicamente pensada em mercados emergentes e economias de rápido crescimento. Serão € 500 milhões em mercados da região estrategicamente localizados.

A tendência é que tais investimentos, que serão concretizados até 2028, devem fortalecer as operações da DHL na América Latina.

São inúmeros projetos voltados a descarbonização da frota nacional por meio de alternativas mais verdes; construir, desenvolver e readequar no mercado os ativos imobiliários e centros de armazenamento da empresa; além de investimentos significativos em novas tecnologias, robótica e soluções de automação destinadas a melhorar os locais de trabalho e, ao mesmo tempo, tornar as operações mais eficazes, flexíveis e resilientes para os clientes.

Essa iniciativa faz parte do plano de investimento estratégico da DHL Supply Chain para fortalecer ainda mais as capacidades logísticas em setores de alta demanda, como saúde, automotivo, tecnologia, varejo, e-commerce, entre outros.

Com o investimento em sua infraestrutura na América Latina, a DHL torna a região um trampolim para acelerar ainda mais o crescimento, mas também os próprios mercados de vendas em expansão na região a tornam atraente para o investimento das indústrias e, com isso, acabam exigindo maior e logístico.

Com mais de 240 unidades, a empresa ampliou sua atuação na região. No Brasil, por exemplo, anunciou recentemente a ampliação e a modernização do Centro de Distribuição da companhia localizado em Goiás, ao mesmo tempo em que expande a atuação e presença em Extrema (MG).

Fundos imobiliários ganham força e preveem captar mais de R$ 30 bi

14/07 – Estadão

A captação de recursos pelos fundos de investimentos imobiliários (Fiis) está voltando a alçar voo. Isso está acontecendo diante da conjuntura econômica mais favorável.

Gestores do segmento acreditam que os cortes da Selic, atualmente em 13,75% ao ano, vai catapultar a indústria em direção a um ciclo virtuoso. E que isso pode durar anos.

As captações de recursos pelos FIIs têm potencial para superar os R$ 30 bilhões em 2023. Se isso se confirmar, representará um salto na comparação com 2022.

Vale lembrar que em 2022 eles chegaram a R$ 21,4 bilhões. Essa análise é do sócio e presidente da Hedge Investments, André Freitas.

Nesse sentido, entre janeiro e junho, as captações ficaram em R$ 6,3 bilhões. O volume ainda é considerado tímido. No entanto, há mais R$ 12,2 bilhões em ofertas protocoladas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Isso totaliza R$ 18,5 bilhões, o que indica um reaquecimento do setor.

A grande novidade é que os fundos de tijolos voltarão a ganhar participação nas ofertas. Vale destacar que, durante os últimos anos de juros altos, os fundos de papel foram os protagonistas.

Os fundos mais propícios para lançar emissões de cotas são dos setores de renda urbana (102% do valor de mercado em relação ao patrimonial, na média), shoppings (101%) e logística (100%).

Depois vêm os fundos de fundos (96%), fundos de certificados de recebíveis, os CRIs (95%). E, no fim da fila, os fundos de prédios corporativos (78%), que vêm sofrendo com a falta de inquilinos e a perda de aluguéis desde a pandemia.

Queda da Selic vai estimular follow-on de fundos imobiliários, diz gestor da Tellus

20/07 – Money Times

Este ano está sendo marcado pelas ofertas subsequentes de ações (follow-ons) de grandes empresas listadas na Bolsa brasileira. Porém, as operações não ficarão restritas às companhias e devem invadir os fundos imobiliários, com a emissão de novas cotas.

O gatilho será a queda da taxa básica de juros (Selic).

De acordo com o gestor e diretor financeiro da Tellus, João Paulo Germanos, ainda que a queda de juros seja pequena, de 0,25 ou 0,50 ponto percentual (p.p.) no primeiro corte ou nos próximos meses, o ciclo de afrouxamento monetário irá estimular os fundos imobiliários de modo em geral.

“A Selic pode cair para 12,5% ou para perto disso até fim do ano. Não é o ideal, mas vai estimular o número de transações”, diz Germanos referindo-se à emissão de cotas.

Ele diz que muitos fundos de investimentos estão se preparando para fazer follow-ons ou ofertas primárias de ações (IPOs) de fundos imobiliários.

“Acho que dá um ânimo importante para a indústria de FIIs e imobiliária, como um todo”.

A Tellus é gestora do Tellus Properties (TEPP11) e do Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11), fundos que fecharam junho com quase 11,5 mil e mais de 60 mil cotistas, respectivamente. Pensando na queda da Selic, a emissão de novas cotas entrou no radar da gestora.

O TEPP11, de lajes corporativas, é o fundo imobiliário que mais se valoriza em 2023, perto de 38%. Para o executivo da Tellus, à medida que a cota do fundo for se aproximando do valor patrimonial, a gestora vai tendo mais ânimo para fazer a operação. 

Desta forma, Germanos diz que, em 2024, com a Selic no patamar de 10%, conforme esperado pelo mercado financeiro, ele acredita que os fundos imobiliários tenham um ritmo de crescimento bom e normal para a indústria.

Fundos de tijolos voltam a ganhar participação nas ofertas

15/07 – InfoMoney

No mês de junho, os fundos de investimento imobiliários (FIIs), completaram 30 anos de existência no Brasil. A criação do mercado de FIIs remonta a 25 de junho de 1993. 

Na ocasião, o governo do então presidente Itamar Franco sancionou a Lei 8.668, a qual criou o veículo de investimento. O lançamento do primeiro FII ocorreu seis meses depois, em janeiro de 1994.

E esse mercado cresceu e se desenvolveu tanto que, no aniversário de 30 anos do setor, o segmento fechou o primeiro semestre com um dos melhores retornos da renda variável, de 10,05%.

Desde o início da pandemia, os FIIs ganharam o gosto dos brasileiros. Somente em janeiro deste ano, o mercado ganhou 63 mil novos cotistas de FIIs. Eles somaram 2,062 milhões de pessoas.

Apesar do crescimento expressivo agora, o consenso entre os gestores é que a indústria ainda pode aumentar muito.

Como resultado, tanto em termos de quantidade de investidores, quanto de tamanho do mercado.

E com a perspectiva de queda dos juros a partir deste semestre, os gestores apostam em forte retomada de captações no segmento de FIIs.

Vale considerar que a próxima reunião do Copom acontece no início de agosto. E a previsão é de um corte inicial de 0,25 ponto porcentual.

Com isso, a estimativa é de que os novos aportes possam superar os R$30 bilhões no ano, ante R$21,4 bilhões em 2022.

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