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Buildings lança Módulo Shoppings para mapear o setor e ajudar investidores e clientes
O confinamento social manteve as pessoas dentro de suas casas por vários meses. Por isso, o setor de shoppings centers foi um dos mais afetados pela pandemia em 2020 e meados de 2021.
Pouco mais de dois anos depois, o setor já está em franca retomada.
De acordo com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), em matéria publicada no portal Seu Dinheiro (26/06), as vendas em shopping centers cresceram 34,8% no 1T/2022. Esse é o primeiro resultado positivo do setor desde o início da crise sanitária.
Justamente por acompanhar as movimentações do mercado, o setor de shoppings ou a fazer parte do radar da Buildings. O objetivo era ajudar investidores e clientes a fazer suas análises.
Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, explica:
“Quando a Buildings começou a atuar no setor imobiliário, em 2007, chegamos com o objetivo de quebrar a cultura de pouca informação que pairava no ar. Nossa missão é de criar um ambiente de mais confiança e transparência dos dados para os players do setor, levando informações de qualidade e consistente para os clientes. Com isso, o mercado imobiliário brasileiro ganha”.
Alguns dos resultados já disponíveis no CRE Tool são:
– São mais de 660 shoppings cadastrados;
– 46 mil lojas;
– 798 mil vagas de garagem;
– 11,9 milhões de m² locáveis;
– Em São Paulo são 221 shoppings cadastrados e 23 mil lojas;
– No Rio de Janeiro são 84 shoppings cadastrados e 9 mil lojas.
Para se ter ideia da robustez da pesquisa até aqui, todos os shoppings centers de São Paulo e Rio de Janeiro já estão disponíveis na base de dados Buildings CRE Tool.
Com isso, já é possível conhecer as movimentações do setor e fazer análises. Isso sem falar do setor de Fundos Imobiliários.
Para saber mais, leia matéria completa na Revista Buildings.
Eixo corporativo bilionário será construído na Zona Leste de São Paulo
O novo empreendimento de uso misto da incorporadora Porte Engenharia será um eixo corporativo bilionário. Em projeto para ser construído na vizinhança do Platina 220, no bairro Belém (SP), está previsto para entrega em 2027.
Trata-se de um empreendimento que terá 11 salas de cinema, entre elas 4 salas VIPs e uma temática, com 6,7 mil metros quadrados operadas pelo grupo Cinépolis.

Imagem: Unsplash
Desse modo, o complexo Radial III tem terreno de 17 mil metros quadrados, com 160 mil metros quadrados de área construída. Ele terá também o maior teatro da cidade, com 4 mil metros quadrados e 1560 assentos.
Segundo a Porte, além de cinema e teatro, o empreendimento ainda terá um centro de convenções com 15 salas e capacidade para 6 mil pessoas.
Conta também com hotel com 246 quartos, torre gastronômica de cinco pavimentos, um hospital, lojas, salas corporativas e apartamentos residenciais.
Não à toa, o projeto é o sexto lançamento do Eixo Platina, idealizado pela Forte. O novo eixo urbano incluirá 11 empreendimentos, que juntos somam 390 mil metros quadrados de área construída.
Segundo a incorporadora, o projeto não contou com nenhum incentivo tributário. Ele apenas aproveitou os benefícios concedidos pelo atual Plano Diretor da cidade.
Aliansce Sonae tem queda de 60,2% no lucro do 2º tri; geração de caixa dos shoppings avança 24,7%
O lucro líquido da a de shopping centers Aliansce Sonae (ALSO3) recuou 60,2% no segundo trimestre de 2022, comparando ao mesmo período do ano ado, para R$ 23,564 milhões.
O fluxo de caixa proveniente das operações ajustado da Aliansce cresceu 24,7% na comparação com o segundo trimestre de 2021, para R$ 107,75 milhões.
Comparando com o mesmo período em 2019, a alta foi de 3%.
Os aluguéis das lojas da a também aceleraram, crescendo 37,9% no segundo trimestre.
“A performance está ligada à consistente recuperação das atividades nos shoppings da companhia e consequente redução de descontos”, diz o texto divulgado.
Segundo a empresa, o patamar de descontos atingiu o menor nível sobre os alugueis desde o quarto trimestre de 2019, antes da pandemia.
As vendas dos shoppings da Aliansce Sonae atingiram R$ 2,9 bilhões entre abril e junho deste ano, crescimento de 46% em relação ao mesmo período do ano ado. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a alta foi de 29%.
A demanda comercial nas áreas dos shoppings istrados pela empresa levou à de 173 novos contratos no segundo trimestre de 2022, com destaque para praça de alimentação (segmento onde os descontos ainda não foram totalmente normalizados) e vestuário. A taxa de ocupação foi de 96,7%, ante 95,4% no mesmo período do ano ado.
FIIs: fundos de shoppings aguardam fim da alta dos juros
A expectativa por um encerramento do ciclo de alta nos juros da economia pode mudar o jogo para os fundos de investimento imobiliários (FIIs). Uma das categorias que pode se recuperar dos últimos difíceis meses é o de fundos de shoppings.
Desde o início da vacinação contra a Covid-19, o movimento nos centros comerciais tem aumentado, incentivado também pela melhora nos números de desemprego.
Wellington Lourenço, analista da Ágora Investimentos, destaca:
“Os indicadores operacionais estão crescendo mês a mês e superando 2019 – uma base de comparação forte, já que estamos excluindo o período da pandemia”.
Entre os fundos de shoppings, o analista destaca o Vinci Shopping Centers (VISC11), pela diversificação e quantidade de ativos.
Já Felipe Paletta, sócio e analista da Monett, coloca o Hedge Brasil Shopping (HGBS11) como uma boa opção.
“É um dos fundos mais longevos da indústria, com uma diversificação interessante ao mesmo tempo que tem uma alocação estratégica em São Paulo. É bem provável que recupere os níveis pré-pandemia, o que significaria uma valorização acima de 30%”.

Imagem: Unsplash
Os fundos de investimento imobiliários estão desvalorizados. Depois de apanharem durante a trajetória de alta na taxa de juros nos últimos meses, é possível encontrar FIIs negociando bem abaixo de seu valor patrimonial.
Além de operarem alavancados nas taxas de juros futuros, os principais investidores de FIIs são as pessoas físicas, que, em momentos de alta da Selic, tendem a voltar os portfólios para os investimentos em renda fixa. Mas o jogo está prestes a virar.
“Considerando que o Copom decidiu pela elevação da taxa de juros nas 12 últimas reuniões, o impacto negativo no preço das cotas dos FIIs foi ressaltado. Mas, com a perspectiva de fim do ciclo, espera-se o efeito de estabilização e, posteriormente, recuperação”, explica Mucio Mattos, sócio e head de crédito da Vectis Gestão.
FIIs: demanda por sala comercial aquece fundos de escritórios
A demanda aquecida por escritórios e salas corporativas contraria o senso comum, presente durante o isolamento social provocado pela pandemia, de que o home office havia chegado para ficar.
No entanto, se de um lado a procura por salas comerciais está em alta, de outro as cotas dos fundos de investimento imobiliários (FIIs) de escritórios continuam descontadas.
Tal cenário representa uma oportunidade para ganho de capital pelo investidor, na avaliação de Wellington Lourenço, analista da Ágora Investimentos.
“A grande maioria dos ativos do setor de lajes corporativas está muito abaixo do valor patrimonial, ao mesmo tempo que temos notado um aumento dos negócios nos últimos dois trimestres que ainda não está no preço das cotas”.
O analista destaca que alguns ativos, como o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), estão negociando com quase 40% de desconto frente ao valor patrimonial.
Os fundos de investimento imobiliários estão, em geral, desvalorizados.
Depois de apanharem durante a trajetória de alta na taxa de juros nos últimos meses, é possível encontrar FIIs negociando bem abaixo de seu valor patrimonial.
Além de operarem alavancados nas taxas de juros futuros, os principais investidores de FIIs são as pessoas físicas, que, em momentos de alta da Selic, tendem a voltar os portfólios para os investimentos em renda fixa.
Mas o jogo está prestes a virar e uma das categorias que podem se beneficiar são os FIIs de escritórios.
Felipe Paletta, sócio e analista da Monett, destaca também o JS Real Estate Multigestão (JSRE11), o BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) e o VBI Prime Properties (PVBI11) como boas opções.
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