Mesmo o home office sendo opção de muitas empresas, São Paulo e Rio de Janeiro, principais cidades do setor, registram crescimento.
A cidade de São Paulo possui hoje 11,7 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas). Este número se refere ao 4T/2022. Os dados apurados pela Buildings apontam que o mercado paulista reagiu em 2022. Isso deixa o período mais acentuado da crise sanitária para trás.
Prova disso aparece no resultado da somatória dos quatro trimestres de 2022 de um dos principais indicadores do setor: a absorção líquida. Ela alcançou em 2022 um resultado positivo de quase 130 mil m².
A absorção líquida é um indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada, medida trimestre a trimestre.
Isso significa que depois de dois anos de mais devoluções que absorções de espaços comerciais, em 2022 o mercado consolidou sua retomada e apresentou um resultado interessante.
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Comparativo de 2020 e 2021
Quando olhamos para os anos iniciais da pandemia – 2020 e 2021 – a absorção líquida foi negativa em mais de 230 mil m² e 249 mil m², respectivamente. Isso quer dizer que nestes anos, o mercado de escritórios sofreu retração.
Olhando um pouco mais para trás, em 2018 o mercado estava indo bem e teve como resultado uma absorção líquida positiva de 245 mil m²; em 2019 foi de 395 mil m².
Quando a pandemia veio e confinou os profissionais dentro de suas casas, era mesmo de se esperar que o mercado sofreria um grande esvaziamento. E até mesmo devoluções e reduções de espaços comerciais. Como de fato aconteceu. Isso explica os resultados negativos de 2020 e 2021, mas também demonstra a resiliência característica do setor em 2022.
Embora o resultado do 4T de 2022 tenha sido menor que os trimestres anteriores, o mercado de escritórios teve quase 5 mil m² de absorção líquida positiva. No 3T foi superior a 38 mil m²; no 2T foi superior a 40 mil m² e no 1T foi superior a 46 mil m².
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Outro destaque do mercado de São Paulo
O novo estoque de escritórios (todas as classes) registrou um volume de entregas expressivo, se considerarmos o momento do pós-pandemia.
Na somatória dos quatro trimestres de 2022, o estoque total chegou a 160 mil m². Dos quatro trimestres, inclusive, o quarto foi o que apresentou o maior volume de novo estoque: mais de 75 mil m².
Cidade do Rio de Janeiro encerra 2022 com quase 45 mil m² de crescimento na ocupação
A cidade do Rio de Janeiro possui hoje 5,521 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas) no 4T/2022 (todas as classes).
No resultado da somatória dos quatro trimestres de 2022 da absorção líquida, o resultado foi positivo em quase 45 mil m². Isso mostra que o mercado está reagindo.
Quando olhamos para os anos iniciais da pandemia – 2020 e 2021 – a absorção líquida foi negativa em mais de 106 mil m² e 97 mil m², respectivamente. Isso significa que nestes anos o mercado de escritórios sofreu retração. Isso já vem também de uma crise que o mercado do Rio de Janeiro enfrenta há alguns anos. A pandemia foi apenas mais um dissabor no meio do caminho.
Em 2019 o mercado também apresentou absorção líquida positiva de 30 mil m². Em 2018, o resultado foi sem expressão.
Conforme o gráfico acima, vale destacar que, depois de dois anos de mais devoluções que absorções de espaços comerciais, em 2022 o mercado carioca apresentou um resultado bem melhor.
Embora o 4T de 2022 tenha sido menor que os trimestres anteriores, o mercado de escritórios teve mais de 7 mil m² de absorção líquida positiva. No 3T foi superior a 10 mil m²; no 2T foi superior a 31 mil m² e no 1T foi negativo em 4.500 mil m².
Outro destaque do mercado do Rio de Janeiro se refere ao novo estoque de escritórios, que registrou um volume de entregas pequeno, mas interessante para o momento pós-pandêmico. Foram 3,8 mil m² em 2022 (resultado apurado no 3T/2022).
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